Campina Grande celebra, no próximo sábado, 11, seus 161 anos de elevação à categoria de cidade (emancipação). Para marcar a data, uma ampla programação cultural foi preparada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), por meio de uma ação intersetorial. As comemorações terão início já nesta quinta-feira (9) e se estenderão até o domingo (12), com atividades no Parque Evaldo Cruz e Parque do Povo, abrangendo diferentes segmentos artísticos e culturais. A proposta é oferecer uma programação diversificada, capaz de agradar a todos os campinenses e visitantes.
Foto: Rondinelle de Paula
Ao longo dos quatro dias, o público poderá desfrutar de shows musicais, espetáculos cênicos, feiras de artesanato, mostra de cinema e outras manifestações que exaltam a criatividade e o talento local. Entre os destaques da programação musical estão apresentações de Gitana Pimentel, Eloísa Olinto, Edra Veras, Verônica Ryos, Alex Brasil, Clarissa e Micaella, Varal de Cabaré, além de outros nomes de referência na cena campinense.
Com apoio da FAR Cultural e patrocínio do Instituto Vale Cultural, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, do Ministério da Cultura do Governo Federal, o grupo Quinteto Violado apresenta a turnê nacional “Sertão”, um verdadeiro mergulho nas raízes do Nordeste. No repertório, clássicos como “Assum Preto”, “Disparada”, “Morte do Vaqueiro” e “Asa Branca” se misturam a composições autorais e narrativas contadas pelos próprios músicos, criando uma experiência que une som e memória. Desde 1975, o grupo ultrapassa fronteiras, passando por palcos do mundo inteiro e agora desembarca em Campina Grande para celebrar, em grande estilo, os 161 anos da Rainha da Borborema.
O domingo (12), data em que também se celebra o Dia das Crianças, contará com uma programação especial dedicada ao público infantil, com apresentações artísticas e atividades recreativas, incluindo ações da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma) com apoio do Sicredi, garantindo diversão para toda a família.
Também está programado para o final de semana, mais uma edição do “PP Food Festival”, organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede). A edição especial reunirá mais de 30 estabelecimentos cadastrados, além de uma exposição de carros antigos.
“Vai ser uma programação marcante para as comemorações dos 161 anos de Campina Grande e, abrilhantando ainda mais, teremos mais uma edição do nosso PP Food Festival. Um evento nosso, promovido pela Prefeitura e que dá oportunidade para que empreendedores da cidade exponham seus produtos num local totalmente familiar e atrativo para as famílias da cidade com boa comida, boa música e ambiente aconchegante”, mencionou Tâmela Fama, secretária de Desenvolvimento Econômico.
Com essa celebração, a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima reforça seu compromisso de valorizar a cultura campinense e de proporcionar momentos de integração, arte e alegria à população, celebrando a trajetória e a identidade da Rainha da Borborema.
“Mais que um evento, é um gesto de amor à nossa história e à força criativa que move a Rainha da Borborema. Aqui, arte e economia se entrelaçam, a cultura gera trabalho, inspira talentos e impulsiona a economia criativa que faz a Rainha da Borborema pulsar. É um convite para celebrar nossa identidade, nossa memória e o futuro que nasce do que somos através de nossos artistas. É a cultura viva, que transforma e une o povo campinense”, enfatizou André Gomes, secretário de Cultura.
Programação completa:
Quinta-feira | 09/10
19h – Cine Cultural: Mostra de Cinema Campinense [com apoio da Tronxo Filmes e Muído Festival]
Crônica de Campina Grande (Machado Bittencourt, 1975)
Um dia na vida do cantador (Machado Bittencourt, 1978)
Hoje Tem Espetáculo? (Leandro Alves, 2010)
A Alma das Ruas (Jaime Guimarães, 2013)
Habeas Pinho (Gal Cunha Lima, 2025)
Sexta-feira | 10/10
16h – PP Food Festival
17h – Feira de Artesanato
19h – Na Batida do Vinil, com DJ Jeff
20h – Gitana Pimentel
22h – Varal de Cabaré
Sábado | 11/10
9h – Turma da Tia Rosita
16h – PP Food Festival
16h – Feira de Artesanato
16h – Grupo Imaginart, com Patrulha Canina
17h30 – Filarmônica Epitácio Pessoa
20h – Quinteto Violado
22h – Show “Campina, a cultura que a gente faz”, com Edra Veras, Diego Sensualizarthy, Welly Pontes, Flávio Riff, Verônica Ryos, Alex Brasil, Clarissa e Micaella, Savanna Aires, Aylton Lenny, Adília Uchôa, Augusto Arruda, Eloisa Olinto, Pepysho Neto, Tony Dumond, Marco, Renatinha Furacão, Diomedes Filho, Stella Alves, Ananias do Acordeon, Júnior Meneses, Lucas Barreto, Nicacia Brasil e Erika Marques.
Domingo | 12/10
8h – Apresentações infantis e distribuição de guloseimas
16h – PP Food Festival
16h – Feira de Artesanato
18h – Ian Sanfoneiro, com participação da Junina Arraiá do 40
Um olhar sobre a história
Fundada em 1º de dezembro de 1697 e elevada à categoria de cidade em 11 de outubro de 1864, Campina Grande é hoje um dos mais importantes centros urbanos da Paraíba, com população superior a 419 mil habitantes.
PO município surgiu a partir de um pequeno sítio, que se transformou em vila e, posteriormente, em município. No início, a localidade funcionava como ponto de repouso dos tropeiros, comerciantes que cruzavam o interior nordestino, transportando mercadorias em lombos de burros.
A intensa circulação de viajantes estimulou o surgimento de uma feira de gado, que evoluiu para uma grande feira livre, hoje conhecida como Feira Central de Campina Grande, um dos maiores e mais tradicionais mercados populares do Nordeste, reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2017.
O surgimento de Campina também está ligado à ocupação indígena dos ariús, sob a liderança do capitão-mor dos Sertões, Teodósio de Oliveira Lêdo, figura histórica associada à formação do povoado. PDesde então, o comércio se consolidou como base da urbanização e do crescimento econômico do município.
A chegada do trem desempenhou papel decisivo nesse processo. Além de integrar Campina às principais rotas comerciais, foi essencial para o escoamento da produção algodoeira, que ganhou repercussão mundial.
A cidade chegou a ser a segunda maior produtora de algodão do mundo e conquistou o apelido de “Liverpool brasileira”, em referência à cidade inglesa que liderava o comércio global da fibra.
Foi justamente através das atividades comerciais que o desenvolvimento chegou à região, especialmente com o comércio do algodão, produto que transformou a cidade na chamada Rainha da Borborema.
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