Dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que Campina Grande conseguiu reduzir em 12,87% o número de habitantes vivendo em favelas desde 2010, contrariando a tendência de crescimento registrada no Brasil. Em nível nacional, o número de pessoas vivendo em favelas aumentou 43% na última década, totalizando 16,4 milhões de brasileiros, o equivalente a 8,1% da população do país.
Na contramão, Campina Grande apresentou uma diminuição expressiva e se destaca pela menor taxa de ocupação em favelas em relação à própria capital paraibana, com 6,5% da sua população (27.311 habitantes) vivendo nessas condições. Enquanto isso, João Pessoa registrou um aumento de 4,7% no período, atingindo 13,2% de sua população em áreas de favela.
Um dos fatores que contribuíram para essa redução em Campina Grande foi a entrega, em 2019, do maior complexo habitacional da história da cidade, o Conjunto Aluízio Campos, uma obra da Prefeitura de Campina Grande. Esse projeto abrangente incluiu a construção de 4,1 mil unidades habitacionais, entre casas e apartamentos, além de 10 praças e dezenas de equipamentos públicos, como postos de saúde e escolas, criando um novo bairro que funciona quase como uma “cidade dentro da cidade”. A área já supera, em população, 180 municípios paraibanos, impactando positivamente as condições de moradia e promovendo a inclusão social.
Com uma população total de 419.379 habitantes, Campina Grande tem conseguido manter um índice de moradores em favelas inferior ao da capital, João Pessoa, que apresenta uma taxa de 13,2% (110.368 habitantes) entre seus 833.932 residentes. Esses números refletem os avanços de Campina Grande no enfrentamento do déficit habitacional e da vulnerabilidade social, representando um exemplo de política urbana para outras cidades brasileiras.
A redução de moradores em favelas em Campina Grande destaca a importância de iniciativas governamentais que priorizam habitação e infraestrutura, aliviando a pressão por moradia nas áreas de maior vulnerabilidade e contribuindo para uma cidade mais integrada e sustentável.
Fonte:Codecom