Um verdadeiro intercâmbio cultural é o que define a participação de representantes da Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Cultura (Secult), no II Encontro Nacional de Gestores Culturais, que aconteceu entre os dias 23 e 25 de abril, na capital João Pessoa.
Ao longo dos dias, passaram pelo encontro representantes de mais de 700 municípios de todo o Brasil transformando o Centro de Convenções em um espaço estratégico para debater e articular ações que visem avanços na aplicação de políticas públicas culturais.
De Campina Grande saíram diversos agentes, incluindo representantes do Conselho de Políticas Culturais da cidade, membros da sociedade civil, além de servidores da Secult, contando com a presença do secretário de Cultura André Gomes. A Secretaria foi responsável por disponibilizar o transporte e a logística da comitiva.
“Estivemos no evento com o apoio e suporte da Secretaria de Cultura de Campina Grande e foi um momento de trocas, de escuta, de conversas […] Precisamos que essa escuta continue, seja para construção do Plano Municipal de Cultura, que precisa ser aprovado, e para a nova Política Nacional de Cultura […] Precisamos desses contatos entre ativistas, agentes culturais e gestores”, reforçou a ativista cultural de Campina Grande, Guerreira Passos.
O secretário de Cultura da Rainha da Borborema, André Gomes, definiu a participação no II Encontro Nacional de Gestores da Cultura, como fundamental para o fortalecimento da articulação entre gestores públicos de cultura de todo o Brasil.
“Fiquei imensamente feliz em poder dialogar com colegas gestores de diferentes estados, e mais ainda em evidenciar a cultura vibrante de nossa cidade. A presença da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi um marco e tive a oportunidade de compartilhar nossas experiências e desafios enquanto Secretário de Cultura. Agradeço ao prefeito Bruno Cunha Lima pela confiança em meu trabalho e pelo compromisso em aproximar as pessoas, construir pontes e fortalecer a nossa cultura. Campina é, sem dúvida, um celeiro de talentos e uma referência nacional quando o assunto é cultura. Juntos, com as secretarias, o Ministério da Cultura e a sociedade civil, vamos continuar criando oportunidades para que a verdadeira cultura – feita pelo nosso povo – se fortaleça ainda mais”, destacou o gestor.
Em seu discurso de abertura do encontro, a ministra Margareth Menezes comemorou os avanços na Cultura. Além de saudar os agentes culturais, ela definiu os gestores municipais como verdadeiros “rostos da cultura” – que dedicam-se a elevar a arte e a expressão a cada canto do Brasil.
“Estamos vivenciando um momento histórico e, pela primeira vez na história do nosso país, dispomos dos recursos mínimos necessários para estabelecer políticas culturais robustas para os nossos cidadãos e cidadãs. Isso é um motivo de celebração. Temos a oportunidade de promover a nossa rica e diversa cultura de maneira significativa e transformadora […] Ter recursos é o primeiro passo e o que precisamos agora é estabelecer os nossos marcos, as institucionalidades dos marcos da cultura brasileira”.
As institucionalidades destacadas pela ministra ligam-se, inclusive, à aplicação do fomento federal no âmbito municipal. Dentre diversos diálogos, paineis, etc, onde dividiram-se os representantes da Secretaria de Cultura, temas como “Cultura Viva” “Lei Paulo Gustavo” e “Política Nacional Aldir Blanc” foram de extrema relevância, além de estratégias a longo prazo e a relação da arte com a educação.
“Como membro da Comissão de Seleção, Acompanhamento e Fiscalização da PNAB Campina Grande, do núcleo de Gerência de Projetos e conselheiro de Cultura pelo setor público, participar deste evento tão grandioso foi de grande aprendizado, com vários diálogos pertinentes entre gestores de vários entes federativos e a sociedade civil, sobre o Sistema Nacional de Cultura, a intersetorialidade da Educação e Cultura, como também o fortalecimento das redes produtivas e as leis de fomento, dentro da Política Nacional Aldir Blanc, fazendo com que nosso trabalho no município realize ações mais permanentes para o desenvolvimento cultural da cidade”, destacou Rodrigo Araújo.
No aspecto administrativo, conversas importantes foram estabelecidas e facilitadas pelo contato com outros agentes que passam ou passaram por dificuldades semelhantes, contribuindo com construções de soluções que podem ser aplicadas na Rainha da Borborema.
“Configura-se como um fortalecimento de gestão, no modo geral, em virtude desta atmosfera de contribuição que se gera ao compartilhar experiências e práticas. Gera um ambiente colaborativo no sentido de termos um resultado ainda melhor nos próximos editais e, consequentemente, nos que estão agora em execução também. Acreditamos muito nesse diálogo que se cercou em torno desses três dias e enfatizamos que, de fato, foi de grande valia a experiência. Nos engrandeceu administrativamente enquanto Secretaria de Cultura e certamente a todos que estavam ali e participaram também ativamente”, concluiu o diretor administrativo da Secult, Hiury Fontes.
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