A fiscalização de trânsito brasileira ganhou um novo dispositivo que pode triplicar a incidência de multas em motoristas desavisados que utilizam técnicas proibidas, como os condutores que andam acima do limite de velocidade, mas que reduzem quando estão se aproximando do radar para evitar penalidades.
Um novo radar conhecido como doppler – nome dado em homenagem ao seu criador, Christian Andreas Doppler – irá punir esses motoristas com uma tecnologia capaz de detectar o excesso de velocidade antes e até mesmo após passar pelo dispositivo. Isso ocorre porque o doppler realiza as análises por meio de ondas eletromagnéticas refletidas pelos veículos, caso haja mudança de frequência.
Com o doppler instalado na rodovia, é possível medir a velocidade de um veículo e verificar se ele está com excesso de velocidade antes mesmo que o carro alcance o radar. A distância de medição varia de 100 metros antes e 100 metros depois do dispositivo. Assim, a prática de reduzir a velocidade ao se aproximar do objeto perde sua eficácia.
Qual a diferença entre o doppler e o radar convencional?
No geral, existe uma diferença primordial entre o radar convencional e o doppler. Neste caso, o segundo não necessita da instalação de “laços físicos” no asfalto, enquanto o doppler utiliza “laços virtuais”.
Os radares convencionais medem a velocidade utilizando o tempo de passagem do veículo entre dois sensores instalados na pista. Portanto, acaba havendo uma certa limitação em relação ao espaço de medição.
Outra diferença entre os aparelhos está na instalação: radares do tipo doppler não precisam destruir o solo para serem fixados, o que torna seu processo de adesão mais prático. Esse tipo de tecnologia é considerada não intrusiva.
Onde existem dopplers instalados no Brasil?
A implementação desses radares segue o mais rápido possível. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, sete destes dispositivos já estão em operação na cidade. No restante do Brasil, 24 dos 27 estados já possuem o doppler instalado e operando normalmente, como por exemplo, Curitiba, Salvador, Novo Hamburgo, Anápolis, Aracaju, Campina Grande, João Pessoa e no estado do Pará, por meio de um contrato com o Detran.
Vale lembrar que o Doppler não acusa apenas excesso de velocidade; ele também pode identificar outras infrações, como avançar o sinal vermelho, dirigir na contramão, realizar conversão proibida, estacionar na faixa de pedestres e usar o celular ao volante.
Fonte:atualidade.net
