A Secretaria Municipal de Educação (Seduc), promoveu na noite desta terça-feira, 12 de agosto, a II Noite de Talentos da EJA, para destacar as habilidades artísticas dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Ensino. O evento aconteceu no Teatro Municipal Severino Cabral e reuniu apresentações culturais, musicais e teatrais dos estudantes de 21 escolas municipais. Este ano, o projeto teve como tema: “Vozes, Ritmos e Saberes da EJA”.
Entre as dezenas de estudantes que se apresentaram estava Camile Norberto. A estudante já tinha talento para apresentação teatral e teve a oportunidade de estrear no palco do Severino Cabral.
“É uma conquista estar me apresentando pela primeira vez. A ideia foi da coordenadora que nos convidou para essa apresentação que é sobre o canto das três raças. É uma história de representação da mulher indígena, a negra. No futuro eu pretendo atuar no teatro também e acho essa uma oportunidade muito boa”, revelou a estudante.
Todas as apresentações foram fruto das atividades pedagógicas realizadas em sala de aula de forma interdisciplinar, como explica a professora Alane Mota.
“Como eu trabalho com História e Filosofia, eu trabalhei com eles primeiro com o conceito de patrimônio histórico e cultural e trazer essa temática para a sala de aula e trabalhar essa identidade do sujeito. E aí nós fomos à Feira de Campina Grande, observar a feira como esse patrimônio da cidade, o patrimônio nacional também, que é tombado pelo Iphan, e aí nós podemos observar a feira com os olhos de quem está em um museu a céu aberto. E foi muito interessante porque eles interviram na prática dos feirantes, perguntaram, fotografaram. Eu acho que foi muito produtivo”, explicou a professora.
Para a coordenadora da EJA em Campina Grande, Adria Viana, o evento é uma forma de oportunizar que os estudantes desenvolvam e tenham seus talentos reconhecidos.
“É uma proposta pedagógica, vai além da cultura. É a cultura junto com a parte da educação para ensinar os nossos estudantes, dentro da pedagogia freireana, que abrange o diálogo, a escuta e a valorização das culturas de cada estudante. Quando a gente traz para o palco esses estudantes, a gente tá trazendo vivências, experiências e bastante significados para eles porque eles não tiveram a oportunidade. Então, estar nesse momento aqui com eles é ver sonhos sendo realizados”, destacou a coordenadora.
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